Aplicação da Inteligência Artificial nos Municípios

“As cidades estão a ficar cada vez mais inteligentes. Internet of Things e 5G são apenas duas das tecnologias que estão a potenciar soluções mais inteligentes para as cidades e para os seus habitantes.” – Por Rui Damião (23/07/2019). Mas em Portugal há duas realidades bastantes distintas, como nos explica o artigo “City as a service” da revista IT-Insight, que afirma que existem efetivamente municípios em que há um planeamento para que num futuro próximo haja uma maior aposta na constante melhoria através dos sistemas de inteligência artificial, no entanto, por outro lado, há municípios que não fazem qualquer tipo de aposta neste sentido.

Mas então o que é isto de cidades inteligentes ou Smart Cities e de que forma será possível utilizar a Inteligência Artificial para benefício dos cidadãos e consecutivamente da cidade?

“Segundo a União Europeia, Smart Cities são aquelas cujas pessoas interagem em redes estratégicas de energia, conhecimento, financiamento e materiais formando infraestrutura, oferecendo serviços de comunicação, informação e planeamento que solucionam problemas locais, ou seja, com objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável.”

Um exemplo nacional da aplicabilidade deste conceito é a app FixCascais, desenvolvida pelo Município de Cascais que dá a possibilidade aos próprios cidadãos de informarem o município sobre os problemas que vão encontrando pela cidade, como sinais de trânsito e calçadas danificadas, sujidade nas ruas, entre outros eventuais acontecimentos menos positivos ou apenas sugestões de melhoria. Este aplicativo pode ser descarregado e instalado no dispositivo móvel de qualquer cidadão ou visitante, de forma gratuita.

Este é apenas um exemplo prático de como um município pode permitir que os cidadãos tenham um papel ativo nas suas cidades, que é um dos objetivos desta ideologia que é o Smart City, como Tiago Andrade, Diretor Comerical da Compta, nos transmite ao dizer que “As smart cities são, antes de mais, cidades e as cidades são as pessoas” e que “o cidadão deve estar no centro da decisão”.

Há ainda um longo percurso a percorrer até que Portugal transforme as suas cidades neste sentido, no entanto há já uma Estratégia Nacional para a Inteligência Artificial – “AI Portugal 2030”, validada e em execução, com o principal objetivo de “explorar as diferentes potencialidades da Inteligência Artificial na economia e na sociedade, bem como a sua aplicação em áreas como as redes de energia sustentável, cidades, florestas e oceanos, mobilidade, condução autónoma ou saúde. A sua crescente aplicação irá também desenvolver a investigação científica na Inteligência Artificial do futuro.”

Cabe então aos municípios liderar e apoiar os seus munícipes nesta alteração positiva mas complexa, assente nos 7 pilares da Visão da “AI Portugal 2030”:

“1. Promoção de uma sociedade melhor.

2. Promoção de competências de IA e de mentes digitais (“digital minds”) para todos.

3. Promoção de novos empregos e desenvolvimento duma economia de serviços de IA.

4. Fomento da condição de Portugal como laboratório vivo para experimentação de novos desenvolvimentos.

5. Proteção a nichos de mercado de IA através do desenvolvimento de serviços especializados chave em Portugal.

6. Contribuição para o desenvolvimento de novo conhecimento através da investigação e inovação em IA.

7. Disponibilização de melhores serviços públicos para os cidadãos e empresas e adoção de abordagens baseadas em evidências dos processos de decisão e de construção de políticas públicas.”

A Aplicação da Inteligência Artificial foi já abordada em anteriores artigos, por representar uma das tendências na gestão de recursos humanos para 2020 mas também por estar fortemente relacionada com um dos objetivos da IDONIC em criar soluções à medida para organizações inteligentes, ou smart companies. Só através de ferramentas que garantam a sua máxima segurança, controlo e comodidade, conseguiremos alcançar este objetivo.

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